FRUTAS DA FLORESTA
A Revista Fama Amazônica e a Realidade dos Vendedores Ambulantes nos Semáforos de Manaus
Nos cruzamentos movimentados de Manaus, é comum encontrar vendedores ambulantes, oferecendo uma diversidade de produtos, que vão desde frutas e acessórios para carros até garrafas de água e refrigerantes. Contudo, o cenário atual contrasta com um passado repleto de abundância e variedades exóticas de frutas amazônicas, que despertavam o interesse de moradores e visitantes.
Antigamente, era possível encontrar nos semáforos e feiras de Manaus uma vasta seleção de frutas regionais, como pitomba, abiu, araçá-boi, bacaba, camu-camu, cubiu, ingá, mari-mari e patauá. Essas frutas carregavam o sabor e a identidade da floresta, proporcionando uma experiência única.
Hoje, no entanto, as opções estão mais limitadas a itens como banana, abacaxi, caqui e tucumã, refletindo a perda de diversidade e deixando saudades daqueles tempos em que experimentar novas frutas era quase uma aventura cultural.
Espalhados pelas ruas da cidade, os vendedores ambulantes enfrentam desafios diários. Muitos se movimentam entre os carros, enquanto outros optam por montar bancas nas calçadas. “Muitas pessoas acham que, por não termos chefes, nosso trabalho é fácil e temos horários flexíveis. Mas, na realidade, se não sairmos às ruas, não ganhamos dinheiro.
Cada dia é uma aventura: você não sabe quanto vai conseguir ao final do dia. Tem dias que o lucro é bom, mas há outros em que saímos para trabalhar e voltamos com as mãos vazias”, desabafa um dos vendedores.
A escassez de variedades frutíferas também impacta os negócios. “Comprar as mesmas frutas todos os dias não atrai os clientes como antes. A falta de opções reduz o interesse e torna nosso trabalho ainda mais desafiador”, comenta outro vendedor.
A presença desses vendedores, além de ser um reflexo das condições econômicas da cidade, também evidencia uma mudança nos hábitos de consumo e no acesso às riquezas naturais do Amazonas. A Revista Fama Amazônica segue documentando essas histórias, reconhecendo a importância de preservar e valorizar as tradições e sabores da região, que tanto representam sua identidade cultural.
Antigamente, especialmente nesta época do ano, havia algo de nostálgico em conhecer e saborear as frutas exóticas que eram vendidas nos semáforos e feiras de Manaus. Muitas dessas frutas, como pitomba, abiu, araçá-boi, bacaba e camu-camu, são encontradas apenas em áreas de difícil acesso na floresta.
Ter essas delícias disponíveis tão perto das pessoas era um privilégio que conectava a cidade à riqueza da Amazônia. Hoje, com a diminuição da diversidade disponível nas ruas, fica uma saudade de tempos em que experimentar essas frutas fazia parte do cotidiano manauara.
Fica aqui este registro: hoje em dia, a procura por frutas é tão grande que até mesmo as mais simples, como bananas, abacaxis e tucumãs, muitas vezes são colhidas antes do tempo e amadurecidas à força.
Esse processo compromete a qualidade, o sabor e a experiência única que cada fruta poderia oferecer, tornando ainda mais distante a memória daqueles tempos em que era possível saborear frutas frescas, colhidas no ponto certo.
por Almir Souza-Redator Hacker Free Lancer
Fonte Redação Fama
Foto AAS