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Brasil acompanha surto de infecções respiratórias na China

O Ministério da Saúde do Brasil está acompanhando de perto o surto de infecções respiratórias causadas pelo metapneumovírus humano (HMPV) na China, que afeta principalmente crianças. Embora o surto não tenha gerado um alerta internacional da Organização Mundial da Saúde (OMS), as autoridades brasileiras mantêm uma vigilância constante e trocam informações com organismos de saúde global.

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Marcelo Gomes, coordenador-geral de Vigilância da Covid-19, Influenza e outros Vírus Respiratórios, relatou que os dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China (China CDC) mostram um aumento de casos de doenças respiratórias agudas, como gripe sazonal, HMPV e vírus sincicial respiratório (VSR), apesar de um número total menor de infecções em comparação com o ano anterior.

Embora o risco de pandemia seja considerado baixo, o Ministério da Saúde do Brasil está reforçando medidas preventivas. Estas incluem a vacinação contra a covid-19 e a gripe, o uso de máscaras por pessoas com sintomas respiratórios e a higiene frequente das mãos. O HMPV, monitorado no Brasil desde 2004, é conhecido por causar infecções respiratórias que variam de leves a graves.

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O Ministério também atualizou seu guia de vigilância integrada para ajudar profissionais e gestores de saúde na identificação e controle dessas infecções. A vacinação anual contra a gripe continua disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e boletins epidemiológicos semanais mantêm a população informada sobre as síndromes gripais em circulação

Fama Amazônica – Três em cada quatro brasileiros enfrentam barreiras no acesso a serviços de saúde, mostra estudo
Essas informações fazem parte de um estudo global conduzido pela Haleon, em parceria com a Economist Impact e pesquisadores da University College London

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O Brasil apresenta dados paradoxais quando o tema é inclusão em saúde. Três a cada quatro brasileiros (74%) relatam ter enfrentado ao menos uma barreira ao buscar acesso a serviços de saúde. Contudo, entre aqueles que conseguem acesso, a maioria (75%) afirma que sua saúde é discutida de maneira compreensível, com explicações claras sobre termos médicos.

Ainda assim, a discriminação permanece um desafio: metade das pessoas marginalizadas ou com doenças crônicas percebe que a qualidade do atendimento recebido foi influenciada negativamente por fatores demográficos ou históricos de saúde.

Essas informações fazem parte de um estudo global conduzido pela Haleon, em parceria com a Economist Impact e pesquisadores da University College London, que avalia o índice de inclusão em saúde em 40 países. Para isso, mais de 42 mil pessoas foram entrevistadas sobre o acesso a serviços de saúde, buscando identificar lacunas no cuidado.

Na segunda edição da pesquisa, foram analisadas três barreiras principais à inclusão em saúde: literacia em saúde, acessibilidade e discriminação. A literacia refere-se à capacidade de compreender e utilizar serviços disponíveis; a acessibilidade diz respeito ao custo ou disponibilidade desses serviços; e a discriminação envolve percepções sobre a qualidade do atendimento. “Identificamos que muitas pessoas enfrentam barreiras significativas para acessar cuidados melhores, seja por como são tratadas ou por como se sentem ao vivenciar o cuidado à saúde”, explica Vicky Edmonds, diretora de Impactos Sociais da Haleon.

Entre os principais entraves no Brasil, destacam-se a falta de consultas disponíveis (56%) e horários inconvenientes (29%). A distância ou o custo do transporte são obstáculos para 15% dos brasileiros, chegando a afetar 26% das pessoas marginalizadas e com doenças crônicas.

“Embora o Brasil tenha um sistema comunitário universal, alguns serviços permanecem fora do alcance financeiro para muitos cidadãos”, comenta Edmonds.

Fama Amazônica – Inclusão em saúde no contexto global

O Brasil ocupa a 17ª posição no índice global de inclusão em saúde, uma melhora em relação à 19ª colocação na edição anterior, em 2023. No período, 85% dos países analisados registraram quedas na pontuação geral, incluindo a Alemanha, que passou da 9ª para a 14ª posição.

“Ter subido no ranking representa uma forte performance. Além disso, o Brasil foi o país mais inclusivo em saúde da América Latina”, destaca Edmonds. Outros países da região presentes no ranking incluem Costa Rica, Colômbia, Cuba e Honduras. A média de disponibilidade de serviços de saúde no Brasil (77%) é levemente superior à global (76%) e à de países de renda média alta (74%).

Segundo Edmonds, a pesquisa demonstra que melhorar a inclusão na saúde pode gerar ganhos significativos, incluindo aumento da expectativa de vida saudável e redução de custos. “Notamos que não há correlação direta entre investimento financeiro em saúde e inclusão. Por exemplo, os EUA, com o maior gasto do PIB em saúde, ocupam apenas o 11º lugar, enquanto a Indonésia, com investimento menor, apresenta um sistema mais inclusivo.”

Desafios enfrentados por grupos marginalizados

A negação de acesso à saúde é uma realidade global, mas impacta de forma acentuada a população marginalizada e pessoas com condições crônicas no Brasil. Dois em cada cinco (42%) pertencentes a esses grupos relatam ter tido o acesso negado. “Embora existam políticas inclusivas, essa percepção positiva não se reflete na experiência vivida pelas pessoas”, observa Edmonds.

Além disso, esses grupos relatam outros problemas no cuidado: 37% afirmam que suas dores não são levadas a sério, 35% relatam ter exames ou tratamentos negados, e 24% sentem-se tratados de forma injusta ou discriminados.

Edmonds destaca que empoderar comunidades e indivíduos na gestão da própria saúde é essencial para melhorar a inclusão. “Oito dos dez países com melhores índices de inclusão também alcançaram as pontuações mais altas em empoderamento pessoal e comunitário. Promover a prevenção e o autocuidado é fundamental para transformar

A inclusão em saúde. Empoderar indivíduos e comunidades não apenas melhora a qualidade do cuidado, mas também fortalece a confiança no sistema de saúde, resultando em melhores resultados de saúde a longo prazo”, acrescenta Vicky Edmonds.

O estudo evidencia que, embora o Brasil esteja progredindo no índice de inclusão em saúde, ainda há um longo caminho a percorrer para superar as barreiras existentes. A melhoria contínua na acessibilidade, redução da discriminação e aumento da literacia em saúde são cruciais para garantir que todos os brasileiros possam acessar serviços de saúde de maneira justa e eficiente

.por Almir Souza-Redator Hacker Free Lancer
Fonte informações do Ministério da Saúde
Foto AAS

Almir Souza

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