Fauna & Flora

Fama Amazônia – Bioma Amazônico

Fama Amazônica. A Amazônia abriga uma biodiversidade extraordinária, com 40.000 espécies de plantas, 3.000 espécies de peixes de água doce, 300 espécies de mamíferos, 1.300 espécies de pássaros, vários milhões de variedades de insetos e mais de 370 espécies de répteis, representando uma espécie a cada 10 conhecidas na Terra.

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O bioma amazônico abrange mais de nove países, dos quais 60% estão no norte do Brasil, cobrindo mais de 4 milhões de km² e possivelmente abrigando a maior diversidade biológica do mundo. Suas vastas florestas influenciam significativamente os climas regionais e globais e confiscam cerca de 70 bilhões de toneladas de carbono (Marengo & Espinoza, 2016). Embora pouco povoada, a região é habitada por cerca de 22 milhões de pessoas, a maioria em áreas urbanas, mas com diversas comunidades locais, incluindo povos indígenas e quilombolas, que dependem economicamente e culturalmente dos recursos naturais. A conservação desta região e sua vasta diversidade cultural e biológica, bem como o equilíbrio ecológico que sustenta seu papel crucial na regulação do clima, são de extrema importância para o Brasil e toda a população humana.

As estimativas situam a região como a maior reserva de madeira tropical do planeta. Seus recursos naturais, que incluem enormes estoques de borracha, castanha, peixe e minérios, representam uma abundante fonte de riqueza natural. A região abriga também grande riqueza cultural, incluindo o conhecimento tradicional sobre os usos e a forma de explorar esses recursos naturais sem esgotá-los nem destruir o habitat natural.

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Para estimular a conservação e uso sustentável da Amazônia, o Ministério do Meio Ambiente tem promovido uma série de ações para a conservação da sua biodiversidade e aproveitamento de seu enorme potencial para o desenvolvimento sustentável da região e do Brasil. Estas medidas incluem projetos para a gestão sustentável da paisagem, incluindo adequação ambiental, consolidação de unidades de conservação, cadeias produtivas sustentáveis e inovadoras, recuperação de áreas degradadas e pagamento por serviços ambientais.

A Amazônia é o maior bioma do Brasil, ocupando um território de 4.212.472 km² (IBGE, 2019), área que abriga 73% das espécies de mamíferos e 80% das aves. De um total de mais de 120 mil espécies de animais existentes no Brasil (CTFB, 2021), 5.070 espécies foram avaliadas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio, 2018), com 180 espécies, ou 3,55% do total, em alguma categoria de ameaça de extinção. Em relação à flora, das 49.987 espécies reconhecidas para a flora brasileira, 13.056 ocorrem no bioma Amazônia, sendo que 1.610 são conhecidas pelo estado de conservação, com 13,4% sob alguma categoria de ameaça de extinção.

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Fama Amazônica – Preservar terras indígenas é vital para preservar a Amazônia. Os povos originários foram as grandes vítimas dos problemas ambientais, sendo infectados com as doenças dos brancos e afetados pelo desmatamento e pelos confrontos com os grileiros, madeireiros e caçadores. Renato Sérgio Balão Cordeiro, pesquisador emérito da Fundação Oswaldo Cruz, apontou que os últimos quatro anos de governo negacionista desmontaram instituições importantes como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, facilitando a ação de grupos criminosos e comprometendo a preservação da floresta amazônica e dos povos que vivem lá. “Agora estamos no processo de reconstrução do país em todas as áreas, mas o desafio ainda é grande quando temos o impasse do marco temporal e vemos a dramática situação humanitária que atingiu os Yanomami, com muitas mortes de adultos e crianças de até quatro anos”, alertou.

O garimpo ilegal em terras indígenas na Amazônia subiu 1.217% em 35 anos, com a área afetada passando de 7,45 km² em 1985 para 102,16 km² em 2020, de acordo com dados do Projeto de Mapeamento Anual do Uso e Cobertura da Terra no Brasil (MapBiomas). Já o desmatamento chegou a 35.193 km² entre 2019 e 2022, o maior registro em 15 anos, equivalente à derrubada de quase três mil campos de futebol por dia, segundo o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon. Paulo Cesar Basta, professor da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, destacou o crescimento de todos os crimes ambientais tipificados no Código Penal no período de 2016 a 2021, com destaque para o garimpo ilegal.

O pesquisador alertou para os riscos da presença do garimpo ilegal na região: além dos conflitos violentos, a contaminação dos rios, especialmente por mercúrio, representa uma grave ameaça aos povos originários. Quando inalado ou ingerido em abundância, o elemento pode atacar o sistema nervoso central e periférico, o trato digestivo e o sistema imunológico, além de pulmões e rins. “Quando se pesca e se consome um peixe contaminado, o mercúrio vai ser absorvido no trato gastrointestinal, cairá na corrente sanguínea e será distribuído por diferentes sistemas, provocando lesões insidiosas”, alertou.

Além do garimpo, o desmatamento vem impactando a vida dos povos da região. Paulo Basta explicou que a ação de garimpeiros, madeireiros e grileiros causa profundas alterações no meio ambiente. “Esse processo provoca alterações profundas no ecossistema local: muda a população de mosquitos, afugenta a caça, contamina os rios. Então, isso provoca uma escassez de alimentos tradicionais para as populações originárias, além de ameaçar as espécies nativas da fauna e da flora, inclusive de plantas medicinais com potenciais terapêuticos.”

Fama Amazônica. – O bioma Amazônia é um dos maiores detentores da maior biodiversidade do planeta, além de concentrar mais de 20% da água doce do mundo, sendo vital para o equilíbrio climático. O desmatamento em terras indígenas na Amazônia brasileira provocou a emissão de 96 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) entre 2013 e 2021, segundo pesquisa da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) publicada na revista Scientific Reports. “O que temos hoje de mais preservado no bioma Amazônia no território brasileiro está justamente onde os povos originários estão situados.

Preservar esse ambiente é vital para combater o aquecimento global, manter a estrutura do nosso planeta e nos manter na face da Terra”, alerta Almir Souza.

Por Almir Souza – Redator Hacker FreelancerFonte:
Redação Fama
Foto AAS

Almir Souza

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