Teatros da Amazônia na candidatura a Patrimônio Mundial
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) oficializou, em 31 de janeiro de 2025, a candidatura dos Teatros da Amazônia — o Teatro Amazonas, em Manaus (AM), e o Theatro da Paz, em Belém (PA) — à Lista do Patrimônio Mundial da Unesco. A proposta será avaliada pelo Comitê do Patrimônio Mundial, composto por 23 países signatários da Convenção sobre a Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural da Unesco. Caso os requisitos sejam atendidos, a candidatura poderá ser incluída na pauta do comitê para o potencial reconhecimento desses bens culturais.
Fama Amazônica – A oficialização da candidatura, realizada em parceria com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), envolveu a entrega de um dossiê elaborado por um grupo técnico formado pelo Iphan, pelas secretarias de cultura dos estados do Amazonas e do Pará, e pelas secretarias de cultura dos municípios de Belém e Manaus. O dossiê será analisado pela Unesco com base em critérios que demonstram o valor universal excepcional do bem cultural seriado, sua autenticidade e integridade.
O presidente do Iphan, Leandro Grass, destacou que “levar a candidatura dos Teatros da Amazônia para reconhecimento internacional se alinha ao compromisso do Iphan de promover, valorizar e democratizar o Patrimônio Cultural Brasileiro”. Ele acrescentou que “a missão se torna ainda mais importante por ser um bem cultural que representa a riqueza e diversidade cultural da região Norte”.
O Theatro da Paz, localizado na Praça da República, em Belém, foi construído seguindo linhas arquitetônicas neoclássicas durante o auge do ciclo da borracha na Bacia Amazônica. Inaugurado em 1878, é considerado a mais importante casa de cultura do norte do Brasil. O teatro foi tombado pelo Iphan em 1963.
Fama Amazônica – O Teatro Amazonas, situado em Manaus, é um símbolo da prosperidade do estado durante o ciclo da borracha. Sua construção iniciou-se em 1884, sendo inaugurado em 1896. O projeto arquitetônico é do Escritório de Engenharia e Arquitetura Português de Lisboa. O teatro foi tombado pelo Iphan em 1966.
A candidatura desses teatros à Lista do Patrimônio Mundial da Unesco busca reconhecer e valorizar a importância histórica, cultural e arquitetônica desses monumentos, que são testemunhos da riqueza e diversidade cultural da região amazônica. Esse movimento reforça a importância do Norte do Brasil no cenário cultural global, evidenciando a grandiosidade histórica e artística da Amazônia.
A participação do Departamento de Patrimônio Material e Fiscalização (Depam) do Iphan, representado por Andrey Schlee, reforça o caráter estratégico dessa candidatura. Ele destaca que esse é um reconhecimento dos valores universais desses bens culturais, um testemunho da grandiosidade da produção artística e arquitetônica amazônica.
Além disso, a superintendente do Iphan no Pará, Cristina Vasconcelos, e o secretário em exercício de cultura e economia criativa do Amazonas, Candido Jeremias, ressaltam como esse processo fortalece a identidade cultural da região, consolidando os teatros como ícones que ultrapassam fronteiras e contam a história do ciclo da borracha e da grandiosidade artística da Amazônia.
A Fama Amazônica acompanha de perto esse momento histórico, que coloca em evidência a cultura do Norte do Brasil no cenário internacional. Como destacou a secretária de Cultura do Pará, Ursula Vidal, esse reconhecimento internacional chega em um momento estratégico, com a região se preparando para sediar a COP 30, o que certamente impulsionará o turismo e ampliará a visibilidade desses ícones culturais.
Esses teatros são mais do que patrimônios arquitetônicos; são testemunhos vivos da era do ciclo da borracha, período em que a Amazônia se conectava diretamente à economia e à geopolítica internacional. Suas construções refletem a influência europeia na arquitetura e nas artes cênicas, ao mesmo tempo em que incorporam elementos locais, evidenciando a riqueza e diversidade cultural da região.
Com a candidatura à Unesco, o Teatro Amazonas e o Teatro da Paz ganham uma nova projeção, consolidando-se não apenas como símbolos da cultura amazônica, mas como referências globais do patrimônio histórico e artístico do Brasil. A Fama Amazônica segue acompanhando de perto esse importante capítulo na valorização da Amazônia e de sua identidade cultural.
A candidatura dos Teatros da Amazônia à Lista do Patrimônio Mundial da Unesco reafirma a importância de preservar e valorizar a história e a cultura da região. Como destacou a superintendente do Iphan no Amazonas, Beatriz Calheiro, esses teatros são muito mais do que monumentos arquitetônicos; são testemunhos vivos da trajetória amazônica, representando desde os seringueiros até os artistas que mantêm suas tradições vivas nos palcos.
Com essa iniciativa, o Iphan, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e o Ministério da Cultura (MinC) unem esforços para garantir que o patrimônio cultural da Amazônia receba o devido reconhecimento internacional. Caso sejam incluídos na prestigiada lista da Unesco, o Teatro Amazonas e o Teatro da Paz passarão a integrar um seleto grupo de bens culturais brasileiros já chancelados, ampliando sua projeção e garantindo ainda mais investimentos para sua preservação.
A Fama Amazônica segue acompanhando de perto esse processo histórico, que fortalece o papel da Amazônia como um dos grandes polos culturais do Brasil e do mundo.
Por Almir Souza-Redator Hacker Free Lancer
Fonte Redação Fama
Foto AAS
